Um cantinho um violão!

" Este amor, uma canção. Pra fazer feliz a quem se ama. Muita calma pra pensar. E ter tempo pra sonhar. Da janela vê-se o corcovado, o redentor que lindo! Quero a vida sempre assim com você perto de mim até o apagar da velha chama. E eu que era triste, descrente desse mundo, ao encontrar você eu conheci, o que é felicidade meu amor." (tom jobim)

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O tempo muda!

Não! Não me venha com fórmulas, vereditos e certezas absolutas.
Não! Não me diga que a vida é assim e ponto final. Não existe ponto final.
Não! Não me peça para seguir mestres e  formas de estado. Nem leis!
Ninguém tem a verdade! Ninguém dirá a palavra final de nada. Somos todos obras do incerto. Esse mundo é de imperfeições. E vá se fuder você que me chama de pessimista. O péssimo não é isso.
Tudo nos finais se transformam em tempo. As palavras mais profundas, os gestos, os prazeres...tudo se tranforma em tempo.
E o tempo?
O tempo muda!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Fragmentos de Clarice Lispector.

"...Sim. A vida é muito oriental. Só algumas pessoas escolhidas pela fatalidade do acaso provaram da liberdade esquiva e delicada da vida. É como saber arrumar flores num arranjo: uma sabedoria quase inútil. Essa liberdade de vida fugitiva de vida  não deve ser jamais esquecida: deve estar presente como um eflúvio.
Viver essa vida é mais um lembrar-se indireto dela do que um viver direto..." (Água- viva)

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Canções em mim...

Como diz uma canção brasileira: " De quem eu gosto nem as paredes confesso." Isso não  tem nada haver comigo! Porque quando gosto de alguém sou o primeiro á avisar a pessoa. Não consigo ficar calado.Mas sabe como é: A gente sempre gosta de alguém que gosta de outro alguém."Te ligo ofegante e deixo confissões no gravador. Vai ser engraçado se tem um outro amor." Esse bolero sim! Diz as minhas palavras. Acontece também histórias que terminam bem, mesmo quando no começo de um amor, um não corresponde. Será o meu caso? Não sei. Nem estou tão preocupado. " Você zombou e brincou com as coisas mais sérias que eu fiz quando eu pensei com você ser feliz." Miúcha me entende nessa canção.
" Era tão forte a ilusão que prendia o meu coração, você matou a ilusão, libertou meu coração." Óh meu Deus! Não quero que ele mate minha ilusão. Por enquanto não quero ver meu coração liberto. Até por que me sinto sempre livre. Junto ou só é preciso sentir liberdade. É claro que quando está junto a liberdade é mais restrita. Mas nunca sou prisioneiro de ninguém. " Vou te oferecer pérolas da chuva vinda de países onde nunca chove." Esses versos me caem como luva, vindos  dos ares da França e ouço os fantasmas de Maysa cantanto.
" Não pode mais meu coração viver assim dilacerado... a derramar melancolia em mim, poesia em mim!"
Nada melhor que terminar com Elis Regina.

domingo, 10 de outubro de 2010

Fragmentos de Fernanda young.

Que merda. De que vale tudo isso? Quanto vale a minha vida? ‘Já conheço os passos dessa estrada e sei que não vai dar em nada.’ Rigel está de novo em prantos. E ele tem todo o direito de chorar. Ele tem todo o direito do mundo de bater com a cabeça na parede. Quanta dor um homem suporta? Quanto um coração agüenta de sofrimento? Dá para morrer de amor? (...) Você sabe o que é perder? Sabe. Não há quem não saiba o que é perder. Depositar tanto sonho em algo. Sonhar é tão trabalhoso. Imaginar um mundo de felicidades sem fim. Lotado de paixão e sensualidade. Passear com seu grande amor. O amor de sua vida para sempre. E esse amor vai ser pra sempre lindo e charmoso. Irá dizer coisas espirituosas para você no balcão de um bar cool. E quando chover de repente, e você pensar em correr, o amor de sua vida – que é lindo, culto, corajoso – dirá que quem corre da chuva é rato e que nós somos homens, somos fortes e invencíveis. O amor entupindo as veias de fé e imortalidade. Nós já nos conhecemos desde outra encarnação e vamos nos amar para toda a vida celestial e eterna. Uma eternidade sem fim. Não, não há morte. Ficaremos paras sempre juntos. (...) E não há paisagem que seja mais linda do que o rosto do seu amor. Não há pôr-do-sol que valha desviar seu olhar do dela. Eu te amo. Eu também te amo. Eu te amo mais. Impossível. Eu te amo o mundo. Eu te amo o universo. Te amo tudo aquilo que não conhecemos. E eu te amo antes que tudo o que nós não conhecemos existisse. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo mais do que a mim. ‘Já conheço os passos dessa estrada’... E, mesmo assim, estarei sempre pronto para esquecer aqueles que me levaram a um abismo. E mais uma vez amarei. E mais uma vez direi que nunca amei tanto em toda a minha vida. Direi. ‘Vou colecionar mais um soneto, outro retrato em branco e preto a maltratar meu coração’. Rigel chora. É um marmanjo chorando sozinho, sem conseguir tomar banho. Não! Preciso reagir. O que eu tenho, afinal? Saudades. Eu tenho saudades.”

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Metade.

Sou sempre a metade. E você também é. Por natureza incompleto.Somos todos mendigando o que não nos sustenta. O choro é a birra de que não aceitamos estar sempre a procura. A euforia ansiosa que temos é a súplica por razão e existência. É como se nosso corpo fosse metade oco e precisasse enchimento. Como se tivéssemos uma perna só e corresse com ela em busca da outra. Fazemos ronda querendo incansávelmente encontrar amor, sexo, poder, admiração, poder, exibição, para que possamos nos sentir inteiro. Olhamos o outro com intensão de entrar no seu íntimo a acaba-se por achar nós mesmos. E sozinhos.Abrimos a boca com um largo sorriso a espera que alguém nos faça rir.Fazemos graça ao público para encontrar graça no algo. Fazemos juras eternas e apaixonadas tentando esquecer de toda a ausência desesperada.Sempre se quer agradar a todos fazendo o outro se sentir o que nós mesmo não somos e queremos ser. Depositamos em nosso caro companheiro  as nossas vontades crendo que nele existe as virtudes que cobiçamos. Com beijos, abraços, amassos, suores e toques executamos no outro nosso pedido de colo. Criamos fórmulas e respostas a tudo. Quando na verdade não sabemos nada. Entre contornos, vira-voltas e simulações tentamos disfarçar a metade que sempre se mostra intacta. Muitos nem se dão conta que são metades. Não se acham no direito de expressarem suas almas aflitas, encondendo suas metades a vida inteira. Acham  que assim é que deve ser. Existem pequenas doses de complenitude. Alguns segundos, minutos, raras são as horas.Na verdade nesses pequenos instantes criamos um anticorpo a ausência. Seria um remédio que ao ingerirmos fizessem esconder os sintomas da metade.Claro que o efeito é muito passageiro... No mais o que nos resta é sermos sempre o resto ou o começo de algo que não tem fim. Somos todos obras inacabadas.
(Meus fragmentos.)


"Ah, eu quero te dizer
Que o instante de te ver
Custou tanto penar
Não vou me arrepender
Só vim te convencer
Que eu vim pra não morrer
De tanto te esperar
Eu quero te contar
Das chuvas que apanhei
Das noites que varei
No escuro a te buscar
Eu quero te mostrar
As marcas que ganhei
Nas lutas contra o rei
Nas discussões com Deus
E agora que cheguei
Eu quero a recompensa
Eu quero a prenda imensa
Dos carinhos teus"
(Chico Buauque)...se sentindo metade!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Poesia de vida.

Ai de mim! Que sou poeta.
E penso que sei amar.
Vivo dando cambalhotas.
Entre tantas intensas anedotas.
Falo de amor como um orgão vital.
No qual se pode acabar um dia.
Respiro as sutilezas entrelinhas de cada olhar.
É assim que me sinto ser...
E só assim cobiço uma nova rima.
Tenho que ter a pupila dos olhos nas minhas mãos.
Preciso da essência do dizer: "te amo."
Rogo pra que quem me visite,
Traga-me versos para eu me acabar.
Ai de mim! Que sou a parede em costrução.
Queria comprar letras que eu consiga ler.
Viajar na expressão do não entendido.
As frases que soam pelo meu suor,
São fantasias de quero e não quero.
Meu pijama jogado na cama,
É meu corpo querendo uma roupa.
Batem recados e bilhetes na minha porta,
Mas coisas pequenas não me fascinam.
Meus textos sobem até o céu e me fazem...
A lua que é minguante estar cheia.
Cheia de sobremesas doces e gostosas.
Gostosas como quando se esquece do depois...

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Meu primeiro dia de blog!

Eba! Fiz um blog. Agora sim, me sinto um cidadão normal! Assumo de agora em diante que minha intensão dessa criação é de postar minhas escritas. Compartilhar com quem quiser e fazer trocas. Vou te falar (a você blog!) que sempre gostei de escrever. E por isso vim fazer parte de sua família. Escrevo desde criança. Minha infância foi marcada por histórias que criava todas dentro da minha cabeça. Todos os dias me fechava em meu quarto e imaginava cenas, diálogos, dramas...e assim criava um romance.Que sempre não passavam de cinco capítulos, pois era muito exaustivo.Imagina se trancar num quarto todo dia e mentalmente criar uma história por 50 minutos? então eu acabava desistindo.Escrevia no papel também. Escrevia novelas! Mas nenhuma teve fim. Todas eu rasguei. Só uma que tenho até hoje. E as vezes procuro entender o que eu escrevia em minha fértil e imatura imaginação.Escrevi um romance de assassinatos em série também. Lembro que esse romance policial se desenrolava quase toda em uma universidade. Decidi então que o assassino seria o diretor dessa universidade.Achei uma boa opção.
E para ser mais breve, me ouso a escrever até hoje. Já escrevi muita merda. Escrevo merda até hoje. Mas minhas merdas são interessantes.E devido a muitas merdas que ja produzi, muitas vezes as merdas evoluem e entram em uma sintonia que muito me agrada. Hoje aos 20 anos escrevo poemas. To tentando minha segunda peça de teatro. Todas amadoras. Está me perguntando se quero ser um profissional um dia? É claro que sim! até porque não há nada melhor ser um profissional naquilo que sente tesão. E eu tenho um enorme tesão nisso.Mas sinto um aterno aprendiz. Não to querendo me parecer modesto. É que pessoas aprendizes sabem ser mais alegres...